ARTIGO

EXIGÊNCIAS BÁSICAS:

30 LINHAS POR TRIMESTRE
(10 POR MÊS / 120 POR ANO)

O artigo deve ser desenvolvido conforme os temas que um núcleo escolhido sugere. Se, por exemplo, o colaborador optou participar do núcleo sobre Sistema Solar, é óbvio que o tema deve obedecer essa diretriz. É claro que podem existir casos em que um tema de um núcleo também pode estar ligado a outro núcleo, mas sempre deve ser dada ênfase ao objeto do núcleo em que o colaborador quis fazer parte.

EXEMPLO:



A última Missão de Perseu antes de conhecer Andrômeda
Núcleo: Uranografia

A lenda grega que envolve a princesa Andrômeda é uma das mais conhecidas do mundo. Muitos planetários, durante suas sessões de apresentação das constelações, não deixam de citá-la entre as lendas mais populares. Até a indústria do cinema já teve oportunidade de transformá-la em filme em 1981, no conhecido "Fúria de Titãs" (título original: "Clash of the Titans", com Laurence Olivier, Ursula Andrews e Harry Hamlin entre outros no elenco), porém totalmente distorcido da lenda original. Certamente os gregos ficaram com a fama pela difusão desta bela lenda, mas algumas semelhanças com outros mitos sugerem que eles tenham absorvido de lendas ainda mais antigas e alterado conforme sua cultura e religiosidade.

A configuração de algumas constelações no céu ajuda a difundir ainda mais esta lenda: além de Andrômeda estão no céu Perseu, seu esposo e herói da lenda; Cefeu e Cassiopéia, respectivamente pai e mãe da princesa; Cetus, o monstro marinho que a devoraria; e o Pégaso, que segundo algumas versões teria surgido da mistura do sangue da Medusa com a água do mar. Todas essas constelações estão próximas umas das outras e são bem visíveis no céu de primavera do hemisfério sul.


Zeus (o Júpiter dos romanos e a maior divindade do Olimpo) tinha várias mortais como amantes. Uma delas se chamava Dânae, filha de Acrísio, soberano de um reino chamado Argos. Acrísio, temeroso por causa das profecias de um oráculo, que havia lhe dito que um filho de Dânae lhe mataria, resolveu colocar a filha numa câmara subterrânea. Zeus, que amava Dânae secretamente, penetrou na câmara sob a forma de uma chuva de ouro e seduziu-a. Dessa união nasceu Perseu. Acrísio, irritado, colocou filha e neto numa arca de madeira e lançouos ao mar. Levada pelas ondas a arca chegou à Sérifo, uma das Ciclades, conjunto de ilhas próximas da costa da Grécia. Lá um pescador chamado Díctis recolheu-a e, julgando que contivesse um tesouro, quebrou-lhe a tranca. Ao deparar com a jovem e a criança Díctis levou mãe e filho até Polidectes, o rei do país, que os tratou com bondade.

Quando Perseu tornou-se homem, Polidectes mandou-o combater Medusa (uma das Górgonas, criaturas terriveis que habitavam no extremo ocidente da terra, nas proximidades dos Infernos) que devastava o seu reino. Antes de sua missão, Perseu foi presenteado com o escudo da deusa Minerva, as sandálias aladas do deus Hermes e a espada forjada pelo outro deus Hefesto. Perseu partiu para o lugar onde Medusa estava e cortou-lhe a cabeça com o cuidado de não olhar para seus olhos e ser petrificado. O herói carregou a cabeça da górgona e com suas sandálias voou por sobre a terra e por sobre o mar. Passou pelo reino de Atlas, no limite ocidental da Terra e onde o Sol se põe, até chegar ao reino da Etiópia (nome que em grego significa "terra das caras queimadas") país localizado possivelmente na costa sudoeste da península arábica, também chamada Joppa, e onde viviam os etíopes ou cefenos, cujo soberano se chamava Cefeu.


Extraído do artigo "Desnundando a Princesa Acorrentada", de Saulo Machado (Revista Macrocosmo - julho/2006)
Ilustração extraída da obra Uranographia, de Johannes Hevelius

Obs.: Note que com a ilustração o artigo acima tem mais de 40 linhas, mas excluindo a imagem utilizada teremos o total de 34 linhas completas, acima do mínimo sugerido por trimestre. Lembre-se que o total de linhas deve ser contabilizada sem qualquer ilustração.

As fontes do texto e da imagem foram citadas embaixo.